A paternidade é a expressão concreta e viva do amor de Deus. Na verdade, a paternidade humana é reflexo daquela Divina.
A verdade da nossa fé proclama que Deus é amor e que a síntese do evangelho, anunciado por nosso Senhor Jesus Cristo, se resume em poucas palavras: DEUS É PAI. Ele é o Pai de um Filho gerado e não criado, que goza da sua mesma substância Divina.
Este Filho Amado, que desde a eternidade estava nos braços do Pai, se encarnou e se tornou homem.
Ele é o Yeshua, o Salvador dos homens. Desceu de tão alto céu e se dignou a vir e habitar em meio a nós (João 1,1-5). O rosto do Pai foi manifestado no rosto de seu filho.
Ele é a verdadeira imagem de Deus, porque “ninguém viu o Pai, a não ser o Filho, que o revelou” (Jo 6,46). Sendo assim, acreditamos que aquele Filho saído do seio da Trindade se revelou, se entregou, e doou a si mesmo para a salvação dos homens.
O que é esta salvação? Ela não é somente a liberação do pecado e da morte, mas muito mais que isso.
Na verdade, a paternidade humana é reflexo daquela Divina.
Adão, ao deixar o paraíso, se tornou órfão, sem casa e errante. Foi necessário que o verdadeiro Filho viesse e n’Ele encontrássemos a filiação perdida. Cristo é o anel da dignidade, as sandálias da segurança e as vestes de festa que o filho pródigo perdeu por meio do caminho (Cf Lc 15, 11-32).
Por isso, é muito mais que uma simples salvação. É Deus, é o Pai, que por meio do seu Filho, nos salva e nos leva a si.
Salvação, então, é a certeza de ter um Pai maior que tudo e que nos amou antes da criação do mundo!
Neste dia, quero te convidar a recordar o dia em que você foi alcançado por este amor. E se hoje, por algum motivo, você está passando por uma tribulação muito forte, tenho uma novidade para te dizer: VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO! Peça com fé, volte pra casa. Ele te espera.
Foi morto o cordeiro para ser para ti o alimento que não passa e que dá coragem. Coragem de Filho que em tudo que faz, e enfrenta na vida, carrega a certeza que o Pai de Jesus Cristo, o leva em seus braços, com a alegria de tê-lo em seu colo!
Peça com fé, volte pra casa. Ele te espera.
Santo Agostinho expressa este amor escondido através da beleza do primeiro alimento humano, isto é o leite materno:
”Me ampararam, pois, os confortos do leite humano, mas já não eram as mamas da minha mãe ou das minhas nutrizes a saciar-me, mas certamente foras tu, que por intermédio delas, alimentavas a minha infância, conforme o critério com o qual tens distribuído as tuas riquezas.” (Confissões, VI)
Portanto, agradeça, confie, se entregue!
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