Não se anuncia a Cristo através de um microfone de palco somente.
Anunciar o Evangelho não é somente falar d’Aquele que nos amou em seu Filho Jesus, mas falar com ele, n’Ele e para Ele. Sendo assim, não se anuncia a Cristo através de um microfone de palco somente.
É na intimidade com o Amado. É no sentir as batidas do Seu coração. É escutar a Sua voz no silêncio da alma e transmitir a mensagem, que d’Aquele peito aberto, cheio de Misericórdia, ressoa ao coração daquele que anuncia.
O segredo então está no testemunho da experiência vivida, de tão grande riqueza, que se encerra em tão frágil receptáculo (Cf. 2Cor 4,7).
São Tomás de Aquino nos ensina que a santidade não é nada mais que, o homem que se deixando amar, ama e testemunha com a própria vida o amor recebido (Summa II-II,Q.184, a.1).
O que o Doutor Angélico quer dizer com isso? Um conceito simples: santidade não é sobre ser eleito, separado, preferido. Mas é sobre reconhecer a eleição com a humildade da própria condição humana, pobre e limitada. Não é sentir-se santo, mas aberto a ser santificado.
O microfone do cristão
Este é o segredo que moveu o coração dos apóstolos, dos Padres da Igreja, dos mártires e dos grandes evangelizadores: “não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo nosso Senhor” (2Cor 4,5).
Como falar de alguém que não conheço? Como transmitir uma mensagem se não escutei sua voz? E como falar do seu perfume se não nunca estive em seus braços?
No fim de tudo o que resta é uma única certeza: o verdadeiro microfone do pregador, do artista cristão é o coração de Jesus. É n’Ele que encontro todos os homens a quem o Filho de Deus se doou por inteiro.
É através d’Este coração de carne, profundamente humano, que descobrimos que evangelizar vai muito além de simples palavras pronunciadas em voz alta. Porque ao coração, não se fala mas, se ouve…
Proclamar o amor por Cristo
No fim de tudo o que resta é uma única certeza: o verdadeiro microfone do pregador, do artista cristão é o coração de Jesus
Ao descobrir este dom precioso do coração de Jesus, desejamos como Teresa, consumir a nossa vida para gritar: ‘O QUANTO TE AMAMOS JESUS!’”
“Não obstante a minha pequenez… Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até a consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota” (Santa Teresinha).
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